Workshop de Cozinha Vegetariana

Hoje venho divulgar mais uma iniciativa do Centro Vegetariano. Um workshop de Cozinha Vegetariana, apresentado por Pedro Jorge Pereira.

Este workshop decorrerá no dia 3 de Julho das 10h às 14h no Restaurante Alfarroba e inclui uma parte teórica, confecção de receitas e almoço. O custo é de 30 euros.

Contactos para inscrições:
Telemóvel: 934476236
Email: segredosdahorta@gmail.com

Dia Mundial da Hipertensão Arterial

Hoje comemora-se o dia Mundial da Hipertensão.

Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, ¼ está medicado e 11% estão controlados. A doença, sendo mais frequente a partir dos 50/60 anos, tem afectado uma percentagem cada vez maior de crianças e jovens devendo-se ao excesso de peso e sedentarismo. O Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, José Nazaré, explica que "há relação directa entre o peso e a tensão arterial".

O quadro seguinte mostra os valores referentes a cada estádio de tensão arterial:

Categoria
P.A. Sistólica (mm/Hg)
Óptima
<120
Normal
120-129
Normal Alta
130-139
Hipertensão I
140-159
Hipertensão II
160-179
Hipertensão III
≥180
Hipertensão sistólica/ máxima
≥140

Factores que auxiliam na propensão de hipertensão:
  • Obesidade
  • Consumo exagerado de sal e álcool
  • Sedentarismo
  • Má alimentação
  • Tabagismo
  • Stress

Como prevenir?

Entre os hábitos de vida saudável sublinha-se a importância do consumo de frutas e legumes, a redução do consumo de álcool, a prática regular de actividade física e redução da ingestão de sal na alimentação. Deve pouco a pouco reduzir o sal na culinária e substitui-lo por ervas aromáticas ou especiarias, evitar produtos de charcutaria e enlatados que são ricos em sal e em gordura, experimentar a manteiga sem sal e pão sem sal.

Sabe que um adulto deve consumir em média 5g de sal e as crianças 2g? Em Portugal, essa quantidade diária é ultrapassada em grande escala, sendo que cada português consome em média 12g de sal.

Alfarroba

Após uma época em que o chocolate fez as delícias de todas as mesas, venho apresentar-vos uma opção para os amantes deste alimento.

Todos nós conhecemos o chocolate de cacau, feito apartir da planta do cacau. Mas nem todos conhecem o chocolate de alfarroba feito apartir da farinha de alfarroba. Esta é uma alternativa bastante saudável ao cacau e ideal para quem não pode comer chocolate ou não quer aumentar muitos quilinhos na balança.

O chocolate de alfarroba geralmente não contém glúten, cafeína, leite, ovos, soja, cacau ou adoçantes artificiais, sendo uma boa opção para quem é intolerante ou alérgico ao cacau, diabéticos e doentes celíacos.
Outro benefício do chocolate de alfarroba é a baixa percentagem de gordura, contendo apenas 0,7%.


A alfarroba é um fruto proveniente da alfarrobeira, uma árvore nativa dos países Mediterrâneos. A sua polpa depois de torrada e moída, torna-se um delicioso substituto do cacau.
É fonte de vitamina A, B1, B2, B3, D e cálcio. Este fruto contém ainda uma quantidade generosa de fibras solúveis como a pectina com propriedades benéficas para o correcto funcionamento intestinal e para controlo do colesterol.

Informações nutricionais por cada 100 gramas de alimento (chocolate de alfarroba, valores aproximados):
  • 557 Kcal, 35g de gordura e 8,5g de proteínas. 

Deixo-vos agora uma receita muito fácil de preparar para quem nunca provou alfarroba.

Mousse de alfarroba
  • 500g de tofu* 
  • ¾ Chávena de farinha de alfarroba 
  • 4 Colheres de sopa de açúcar mascavado
  •  ½ Chávena de leite de soja 

Preparação:
Bata tudo no liquidificador até ficar cremoso. Coloque a mousse em taças individuais e sirva fria.

*O tofu serve para substituir os ovos (sendo 1 ovo equivalente a cerca de 50g de tofu).

Palestra sobre "Rótulos Alimentares"


As escolhas alimentares influenciam a nossa saúde, não só a nível físico mas também a nível psicológico. Apesar de todos sabermos isso, são poucos os que conseguem fazer boas escolhas alimentares.
Há muita variedade nos hipermercados e por vezes fazer escolhas adequadas é complicado. Para fazer escolhas saudáveis é necessário conhecer os produtos que consumimos, sendo a leitura e interpretação dos rótulos a forma mais prática, rápida e acessível de obter informações desses produtos, relativamente à sua composição, qualidade e validade. De forma metafórica, poderíamos definir o rótulo como o "BI dos alimentos" assegurando a sua qualidade e segurança.

Um estudo publicado em 2005 pela European Food Information Council (EUFIC) que reflecte a atitude dos consumidores face à rotulagem e informação nutricional revela que os consumidores têm muitas dúvidas e querem ser esclarecidos. De uma forma geral, reconhecem a importância da informação nutricional da rotulagem, mas admitem que tem dificuldade em interpretá-la.

É uma dessas pessoas que vai ao supermercado e não consegue decidir sobre qual dos produtos deve escolher? Tem dúvidas sobre algumas das informações presentes nos rótulos dos alimentos que consome?

Para esclarecer todas as dúvidas sobre rotulagem alimentar apareça no ICSB às 19h45 no dia 21 de Abril (já na próxima 5ªfeira).

Dia Mundial da Saúde

Hoje, dia 7 de Abril, comemora-se o dia mundial da saúde e para celebrar esta data, a APN lançou mais um e-book: Alimentação saudável - Faça mais pela sua saúde.

Vale a pena dar uma vista de olhos.

No seguimento do e-book deixo aqui uma sugestão para este fim-de-semana: uma caminhada pelo Espaço Monsanto "O Passeio Saudável". Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa- Lisboa Verde.

Tenham uma boa saúde!


A Bíblia da Alimentação

Aqui fica uma sugestão de leitura para todos os que se interessam por alimentação e nutrição.


A Bíblia da Alimentação foi escrito por Patrick Holford e é um livro de fácil compreensão, abordando temas como a evolução da alimentação, tipos de nutrientes, alimentação nas diferentes patologias, diferentes idades e os diversos benefícios de uma alimentação ideal.

Vegetarianismo

Hoje decidi falar sobre os vários tipos de vegetarianismo a propósito de uma notícia que saiu no jornal "O Público".

O vegetarianismo é uma opção alimentar à base de cereais, vegetais, frutas, sementes, grãos, podendo em alguns casos incluir os ovos e lacticínios. Excluem a carne e o peixe.

Aqui fica a imagem de como deve ser composto o prato vegetariano.



De seguida apresento os tipos de vegetarianos:

  • Ovo-lacto-vegetarianos: Para além dos produtos de origem vegetal, incluem na sua alimentação ovos e lacticínios.
  • Lacto-vegetarianos: Este grupo de vegetarianos exclui os ovos da sua dieta, por vezes por motivos de saúde, visto que o ovo contém um elevado nível de colesterol. 
  • Ovo-vegetarianos: Incluem na sua alimentação os ovos, mas excluem o leite e todos os seus derivados. Esta exclusão do leite na alimentação pode dever-se a preocupações ambientais, compaixão pelos animais ou intolerância à lactose (açúcar presente no leite).
  • Vegetarianos: Também conhecidos como "vegetarianos puros", os vegetarianos são aqueles que excluem apenas da sua alimentação todos os ingredientes de origem animal (ovos, lacticínios, mel, gelatina, etc.).
  • Veganos: Não consomem produtos de origem animal. Também “vegetarianos radicais”, ou pelo termo inglês vegan. Este grupo exclui a carne de animais (carne vermelha, aves, peixe) e também produtos animais (ovos e lacticínios). Exclui ainda o mel e a gelatina, o uso de produtos de origem animal (couro, seda, lã, lanolina), os produtos testados em animais e os espectáculos onde a exploração animal é motivo de entretenimento (circo, touradas, etc.).
  • Frugívoros: Os frugívoros (também designados como frutívoros) alimentam-se exclusivamente de frutos, grãos e sementes, como tomate, banana, manga, abacate, nozes, pepino, abóbora e amendoim, entre outros. Têm uma alimentação muito semelhante aos veganos, com a diferença que se recusam a utilizar alimentos que matam a planta. Evitam assim todas as raízes, como sejam: cenoura, batata, cebola. 
  • Crudívoros: Alimentam-se única e exclusivamente de alimentos crus.

Muitos destes tipos de vegetarianismo estão associados a carências nutricionais devido a evitarem certos alimentos e por vezes não conhecem as alternativas aos alimentos que retiraram. Por estas razões recomendo a todas as pessoas que pretendem optar ou já optaram por um regime alimentar deste tipo, que contactem um Nutricionista.

Fontes:

Campanha "Comer bem é mais barato" da APN

A APN lançou uma excelente campanha com o apoio da Fundação Calouste Gulbeinken, Fundação EDP, SIC e DECO.

Esta campanha foi motivada por dados que dão conta de uma progressiva deterioração dos hábitos alimentares dos portugueses, que a crise económica e social veio agravar, havendo uma relação directa entre a falta de recursos, o pouco tempo de que dispõem e a falta de informação ou de motivação para melhorarem hábitos de consumo e de confecção dos alimentos.
Em seguida, é apresentado um dos diversos vídeos da campanha


A APN lançou a primeira receita desta campanha que disponibilizo em seguida e que pode ser consultada no site da associação.

Sopa de tomate e ervilhas + Açorda de pescada + Maçã + Copo de água = 1€

Sopa de tomate e ervilhas (4 pessoas):
  • 80g de batata
  • 100g de cenoura
  • 100g de cebola
  • 140g de tomate
  • 40g de ervilhas
  • 20ml de azeite

Açorda de pescada (4 pessoas):
  • 300g de pescada
  • 40g de cebola
  • 20g de alho
  • 280g de pão de trigo
  • 20g de salsa picada
  • 100g de tomate
  • 100g de couve portuguesa
  • 40ml de azeite

Fonte: 

Fazer refeições saudáveis fora de casa

Comer fora faz parte do nosso quotidiano, seja por questões de laser ou profissionais. A verdade é que os portugueses comem muitas vezes fora de casa, em diferentes locais, desde restaurantes clássicos e modernos até aos restaurantes de “fast food”. Em média, apenas uma em cada três refeições é feita em casa.

Em seguida enumero alguns conselhos para comer de uma forma saudável quando come fora:
  • Sempre que possa veja a informação nutricional dos pratos. Muitas cadeias de restaurantes já têm essa informação disponível, mesmo nos seus sites.
  • Coma qualquer coisa como uma peça de fruta ou um iogurte antes de ir comer fora, de forma a não estar com muita fome na hora de comer.
  • Pergunte que ingredientes têm o prato que pretende pedir e como é confeccionado para ter a certeza que é uma boa opção.
  • Pode fazer pedidos especiais, não tem de comer o prato inteiramente como está definido no menu.
  • Enquanto espera pelo prato principal evite os aperitivos. Peça um prato de sopa que é menos calórico e mais rico em nutrientes.
  • As refeições em restaurantes vêem em doses. Geralmente uma dose dá para duas pessoas.
  • Evite os refogados, fritos e os pratos com natas e molhos. Prefira sempre carnes brancas ou peixe e retire sempre as peles e gorduras.
  • Se o seu prato vier acompanhado de molhos peça-os à parte de forma a poder não comer ou comer apenas uma pequena quantidade.
  • Peça sempre salada servida à parte e sem tempero. Tempere-a você. 
  • Em relação às bebidas, opte sempre pela água em vez dos sumos ou refrigerantes que são muito calóricos e pobres em nutrientes.
  • Na hora da sobremesa, escolha sobremesas mais magras, como gelatina. No caso de não resistir aquela sobremesa hipercalórica, divida-a com um amigo.

Aumento dos preços dos produtos alimentares

Os preços dos alimentos atingiram um novo recorde em Fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo, segundo o índice de preços apresentado pela Food and Agriculture Organization (FAO) e prevê-se que este aumento dure pelo menos até ao Verão.

O preço dos cereais foi o que mais aumentou, contudo também o preço dos óleos e gorduras alimentares, produtos lacteos e carnes preocupam a organização.

Desta vez apenas o açúcar escapou a escalada de preços.

Prevê-se que este aumento possa dar origem a erros alimentares que se reflectirão no estado de saúde da população. Segundo Alexandra Bento, presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionista (APN) a fruta e os legumes arriscam-se a ser os primeiros a serem excluídos da alimentação diária dos portugueses.

Em seguida, uma notícia da RTP sobre o assunto:


Palestra "Princípios de uma Alimentação Saudável"

Ter uma alimentação saudável deve fazer parte de um estilo de vida replecto de saúde. Mas que é isto de ter uma alimentação saudável? É fazer uma alimentação monótona e restritiva? É deixar de comer fritos, doces e passar a comer só saladas, frutas e grelhados?

Claro que não. Uma alimentação saudável é exactamente o contrário de uma alimentação monótona e restritiva, quer ver?

Convido-vos a assistir à palestra sobre Princípios de uma Alimentação Saudável que irei dar no dia 24 de Março às 19h45 no Instituto de Ciências do Som e Bioterapias.

A entrada é livre.

Apareçam!

Creme Vermelho

Hoje decidi deixar aqui uma sugestão para experimentarem no fim-de-semana.
Esta receita foi-me passada durante as aulas de Culinária Macrobiótica pela professora Laura Dinis.


Ingredientes:
  • 100gr de lentilhas sem casca (à venda em qualquer supermercado na zona de produtos naturais)
  • 100gr de abóbora
  • 1 Tira de alga Kombu (cerca de 5 cm)
  • 3 Cenouras
  • 1 Cebola
  • 4 Dentes de alho
  • 2 ou 3 Beterrabas (depende se gosta ou não do sabor da beterraba)
  • Coentros
  • Azeite q.b.
  • Sal q.b.

Preparação:
  • Lavar bem as lentilhas e pôr a cozer numa panela com água e a alga Kombu, durante cerca de 10 minutos;
  • Cortar a abóbora, cenoura cebola, alho e beterraba em pedaços pequenos e juntar á panela. Deixar cozer tudo;
  • Temperar com sal e azeite e deixar cozer mais 10 minutos aproximadamente;
  • Passar tudo com a varinha, para fazer o creme.

Sugestão:
Pode decorar o creme com um pouco de coentros ou hortelã e umas gotinhas de natas de soja.
Aqui ficam algumas fotos para apreciarem. Experimentem!


Doença Celíaca I

No seguimento do post anterior, deixo aqui a sugestão de um livro com receitas para doentes celíacos escrito pela Dra. Alexandra Gameiro. Este livro tem cerca de 100 receitas, incluindo receitas para bebés.
É um livro muito útil para quem sofre de doença celíaca ou conhece alguém com esta patologia.

Para encomendar o livro pode contactar a Associação Portuguesa de Celíacos.


Espero que gostem ;)

Doença Celíaca

A doença celíaca consiste numa intolerância alimentar crónica ao glúten. Esta proteína encontra-se no trigo, cevada, centeio e aveia.

O único tratamento existente para estes doentes é evitar todos os alimentos que contém glúten. Para aprender que tipo de alimentos pode ou não comer consulte um nutricionista/dietista.

Hoje em dia, é muito fácil encontrar produtos sem glúten em qualquer supermercado, pois existem secções especificas com produtos próprios para doentes celíacos.
Em Portugal, um país em que a alimentação se baseia no pão de trigo, não existem estudos específicos acerca desta doença. Pensa-se que existam cerca de 100 mil doentes celiacos em Portugal, mas apenas 8 mil estão diagnosticados.

Não vou descrever a doença nem os seus sintomas pois penso que a entrevista ao Dr. Pedro Lopes a descreve muito bem, mas caso haja dúvidas não hesitem em perguntar.

Fontes:

Novas Recomendações de Actividade Física (OMS)

A actividade física, a saúde e a qualidade de vida estão intimamente ligadas.

Existem vários estudos científicos que comprovam os benefícios sociais, psicológicos e físicos em pessoas com uma vida activa.
Segundo Alan Alwan, director-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde “a inactividade física é o 4º principal factor de risco para todas as mortes globais, sendo que 31 % da população mundial não pratica actividade física”.
Em 2008, perto de 460 mil mulheres morreram vítimas de cancro da mama e cerca de 610 mil homens e mulheres morreram de cancro do colo rectal.

As novas recomendações alertam que praticar pelo menos 150 minutos de actividade física aeróbia de intensidade moderada (ex: andar a pé, andar de bicicleta, subir e descer escadas, actividades domésticas, dançar, entre outras), durante a semana por pessoas com idade igual ou superior a 18 anos pode diminuir o risco de doenças não transmissíveis, incluindo cancro da mama e do cólon, diabetes e doenças cardíacas.
Em idades entre os 5 e os 17 anos é recomendado pelo menos 60 minutos de actividade física moderada a vigorosa.

Fontes:

Contra o sedentarismo

A acção, feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela Volkswagen, foi implantada no metro de Estocolmo, na Suécia.
Imagine que está a descer as escadas do metro, como faz habitualmente e começa a ouvir sons de piano, tocados ao ritmo dos seus passos.
Esta foi a proposta da agência de publicidade DDB numa parceria com a Volkswagen. As duas empresas reuniram-se para fazerem uma experiência chamada, Fun Theory, uma tentativa ambiciosa de mudar os hábitos sedentários dos moradores da capital da Suécia, Estocolmo.
Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metro num piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%.

Uma ideia excelente!
Aqui em Portugal não temos escadas com pianos, mas temos as tradicionais escadas. Vamos lá preferi-las às escadas rolantes.
E vejam o video, está muito bom.


Açúcares ou adoçantes?

Açúcar ou adoçante? É uma pergunta bastante frequente nas consultas de nutrição. Antes de responder a essa questão vou falar um pouco sobre os açúcares e os adoçantes existentes.

O açúcar apresenta-se sob diversas formas dependendo do seu processo de refinação. 
Existem vários tipos:
  • Açúcar branco ou refinado – O açúcar de mesa, também conhecido por sacarose é considerado um alimento viciante e é ausente de vitaminas ou minerais devido ao seu processo de refinação. Este açúcar obtém-se através da cana-de-açúcar e da beterraba. O açúcar pode ser responsável por gastrites, úlceras estomacais, cancro do cólon, diabetes, obesidade, descalcificação dos ossos e diminui as funções do sistema nervoso. Segundo alguns autores, uma colher de chá de açúcar diminui a concentração de cálcio e magnésio no organismo durante 3 horas seguidas. 
  • Açúcar em pó – É açúcar refinado cristalizado reduzido a pó em que é adicionado um anti-aglomerante, geralmente amido de milho. Bastante utilizado na decoração de bolos.
  • Açúcar mascavado – É um açúcar que não passa pelo processo de refinação e por isso não perde os seus nutrientes, ao contrário do açúcar de mesa. 

Em relação aos adoçantes ou edulcorantes, são substâncias que geralmente apresentam um poder adoçante bastante superior ao açúcar de mesa (sacarose) e por isso costumam ser utilizadas em quantidades inferiores ao açúcar.
Existem adoçantes sintéticos e adoçantes naturais: 
  • Artificiais ou sintéticos: 
    • Aspartame (E 951) – É composto por ácido aspartáctico e fenilalanina. Apresenta um poder adoçante 220 vezes maior que a sacarose. Deve ser evitado por toda a população.
    • Ciclamato (E 952) – É composto por um derivado de petróleo. O seu poder adoçante é cerca de 50 vezes superior ao da sacarose.
    • Sacarina (E 954) – Apresenta um poder adoçante 200 vezes superior ao da sacarose. Deve ser evitado por toda a população.
    • Acessulfame-k (E 950) – O Acessulfame-K é potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético. O seu poder adoçante ronda os 180 a 200 vezes superior ao da sacarose.
    • Sucralose (E 955) – O seu poder adoçante é cerca de 600 vezes superior ao da sacarose.
  • Naturais: 
    • Frutose- Está presente nas frutas e mel e é 173 vezes mais doce que a sacarose. Deve ser utilizada com moderação pelas pessoas diabéticas.
    • Sorbitol – Encontra-se nas algas marinhas e na fruta. As pessoas diabéticas não podem utilizar sorbitol.
    • Manitol – Encontra-se nos vegetais e algas marinhas.
    • Esteovídeo – É extraído da planta Stevia Rebaudiana, e o seu poder adoçante é 300 vezes superior ao da sacarose.
    • Amasake - É produzido a partir de diferentes cereais, geralmente o arroz integral. Apresenta uma consistência espessa e uma textura semelhante à de um pudim.
    • Malte de Arroz - É uma xarope que utiliza arroz germinado criando um adoçante equilibrado, cujo segredo está na fermentação enzimática. Apresenta um grande teor de maltose e de hidratos de carbono complexos, que são absorvidos lenta e gradualmente pela corrente sanguínea.
    • Malte de Cevada - Adoçante semelhante ao malte de arroz, mas em vez de arroz utiliza-se a cevada. É um adoçante de digestão gradual.
    • Melaço - O melaço é um açúcar simples altamente processado que entra rapidamente na corrente sanguínea. O melaço, porque provem do açúcar, pode também conter resíduos químicos associados à cultura e ao processamento do açúcar branco.
    • Mel - O mel consiste essencialmente em glucose e frutose e é 2 vezes mais doce que a sacarose, sendo absorvido rapidamente na corrente sanguínea.

Como se verifica. o açúcar é um alimento prejudicial para a saúde mas mesmo assim é melhor do que os adoçantes sintéticos. No entanto, a melhor escolha recaí sobre os adoçantes naturais, obtidos a partir das frutas, mel e cereais.


Fontes:


Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes 2010

Foi hoje apresentado em Lisboa, o Relatório do Observatório Nacional da Diabetes 2010 onde revela que quase um milhão da população portuguesa sofre de diabetes. De acordo com o relatório, 983 mil pessoas entre os 20 e os 79 anos sofrem de diabetes em Portugal, equivalente a 12,3% da população. Destas 983 mil pessoas, 44% não estão diagnosticadas.
Existe uma correlação directa entre o envelhecimento da população e a prevalência da diabetes, o relatório demonstra que cerca de um quarto da população entre os 60 e os 79 anos sofre de diabetes.

Este relatório revela também que cerca de 90% dos diabéticos são obesos ou têm excesso de peso. Verifica-se ainda que uma pessoa obesa tem um risco quatro vezes superior de desenvolver diabetes que uma pessoa com peso normal.

Nos últimos 9 anos tem-se verificado um aumento do diagnóstico de novos casos de diabetes em Portugal, sendo que em 2009 foram diagnosticados 571 novos casos de diabetes por cada 100 mil habitantes. Um valor superior aos 377 casos diagnosticados em 2000.Relativamente à incidência da diabetes tipo I nas crianças e nos jovens, verifica-se um aumento significativo nos últimos 10 anos. Em 2009 foram diagnosticados 17 novos casos de diabetes por cada 100 mil jovens com idades entre os 0 e os 14 anos, valores que duplicaram desde 2000.

Também na diabetes gestacional se verifica um aumento significativo. Verifica-se que em 2005 a taxa de prevalência de diabetes gestacional é de 3,5% enquanto que no ano de 2009 é de 3,9%.

A estimativa para o futuro é ainda mais desanimadora, segundo a Federação Internacional da Diabetes, o número de pessoas que sofrem de diabetes irá duplicar até 2030.

Pode ler o relatório completo aqui.

Obesidade

Actualmente a obesidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia global do século XXI.

Esta é uma doença crónica que resulta de balanços energéticos positivos onde a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Esse desequilíbrio deve-se a factores de origem metabólica, genética, ambiental e comportamental.

Segundo a OMS, considera-se que há excesso de peso quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou superior a 25Kg/m2 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30Kg/m2.

IMC (Kg/m2)
Classificação
< 18,5
Baixo peso 
 ≥ 18,5 e < 24,9
 Peso normal
 25 e < 29,9
 Excesso de peso
≥ 30 e < 34,9 
Obesidade grau I 
 35 e < 39,9
Obesidade grau II 
 40
 Obesidade mórbida

Em crianças devido á sua variabilidade de crescimento os valores de IMC têm de ser avaliados através da tabela de percentil para sexo e idade da criança.



Segundo um estudo publicado pela Comissão Europeia e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), intitulado “Health at a Gland – Europe 2011”, mais de 50% da população adulta e uma em cada sete crianças na União Europeia são obesas ou têm excesso de peso.

Neste estudo Portugal encontra-se em 15º lugar com um valor de 15,4%.

De seguida encontram-se alguns dos principais erros alimentares cometidos pelos portugueses:
  • Sal a mais; 
  • Consumo em excesso de bebidas alcoólicas; 
  • Consumo em excesso de gorduras; 
  • Consumo excessivo de açúcar; 
  • Pouca ingestão de hortícolas e frutas; 
  • Não comer ao pequeno-almoço; 
  • Saltar refeições; 
  • Comer em grandes quantidades; 
  • Comer pouco peixe. 

A obesidade geralmente é acompanhada por outras patologias tais como a hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca, angina de peito, dislipidemias, diabetes mellitus, gota, dispneia (dificuldade na respiração), fadiga, apneia do sono, esteatose hepática, infertilidade, hipogonadismo, hirsutismo, depressão, entre muitas outras.

O tratamento baseia-se em fazer uma alimentação equilibrada, praticar actividade física regularmente e ter um estilo de vida saudável.

Fontes:

Hidratação no Inverno

Manter a hidratação no Inverno é uma tarefa difícil para grande parte da população.

O Instituto de Hidratação e Saúde (IHS) revela que nos meses frios, a maior parte da população portuguesa ingere uma quantidade de líquidos inferior à quantidade recomendada pelo Institute of Medicine (1,5 litros). Verifica-se também que á medida que se envelhece a ingestão hídrica diminui.

A água é o principal constituinte do corpo humano, ocupando mais de metade do nosso peso. Sabe-se que a ingestão hídrica deve rondar 1,5 a 2 litros de água por dia. No entanto, existem recomendações que permitem melhorar a sua hidratação e por consequência o aporte hídrico:

  • Água – Bastante acessível e não tem calorias.
  • Sumo – Os sumos e refrigerantes também são uma fonte de hidratação, mas atenção à quantidade de açúcar.
  • Leite – Os leites tal como os iogurtes possuem uma grande quantidade de água na sua constituição. No entanto, a sua ingestão deve-se restringir aos magros e/ou meio-gordos depende de cada caso.
  • Sopa – Para além da quantidade de água que fornece, contém ainda vitaminas e minerais existentes nos legumes.
  • Fruta - As frutas contêm uma grande percentagem de água na sua composição. Aliás, todos os alimentos contêm água na sua composição, é por essa razão que a água está presente no centro da nossa roda dos alimentos.
  • Chá – Os chás e infusões são outra forma de hidratação, principalmente no inverno, mas atenção ao tipo de chás e quantidade de açúcar que se lhe adiciona.

Os grupos de risco em relação à desidratação são essencialmente as crianças e os idosos:

  • As crianças porque têm mais actividade, logo são mais sensíveis à perda de líquidos.
  • Os idosos porque a sensação de sede está alterada, muitas vezes não conseguem sentir sede devido ao funcionamento dos rins ser menos eficiente. A medicação e algumas patologias que afectam o sistema nervoso podem também estar na causa de desidratação nos idosos.

Fontes:

Esclerose múltipla II

No seguimento do post anterior deixo aqui uma sugestão para todos aqueles que sofrem de EM, familiares e amigos: encontro sobre A Nutrição na Esclerose Múltipla na SPEM.


Título:
A Nutrição na Esclerose Múltipla

Data e hora:
12 de Janeiro de 2011 às 18h

Local:
Sede da SPEM de Lisboa

Moderadora:
Prof.ª Doutora Paula Pereira (Nutricionista)

Programa:
  • A Alimentação na EM:
    • Nutrientes específicos que parecem trazer benefícios e desvantagens na EM
    • Alimentos que podem influenciar a EM
    • Suplementos alimentares, tomar ou não tomar?
    • O que é afinal uma alimentação saudável e adequada à EM?
  • Discussão
  • Avaliação
  • Encerramento

Inscrição gratuita

Mais informações aqui.

Esclerose múltipla

Segundo a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM) mais de 1.000.000 de pessoas sofrem de esclerose múltipla. Em Portugal, estima-se que esta doença afecte 5000 portugueses.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crónica que afecta o sistema nervoso central. O cérebro e a espinal medula são ambos afectados pela formação de um tecido que vai endurecendo parecido com uma cicatriz que bloqueia a comunicação do Sistema Nervoso Central com o resto do corpo. Este bloqueio pode provocar visão dupla, desequilíbrio, falta de memória, fadiga, falta de força e sensibilidade nos membros, caso ocorra no cérebro. No caso de ocorrer na espinal medula os sintomas são o entorpecimento e fraqueza dos membros, perturbações da bexiga, espasmos, dormência, dores, rigidez dos membros e dificuldades de locomoção.

Existem vários tipos de EM:
  • EM surtos/remissões em que os doentes sofrem surtos, sendo seguidos por períodos de remissão com recuperação parcial ou completa.
  • EM progressiva primária em que os doentes não sofrem surtos nem remissões, a doença instala-se progressivamente.
  • EM progressiva secundária em que os doentes sofrem surtos e não tem uma recuperação completa permitindo a doença ir progredindo ao longo do tempo.

O tratamento da EM consiste em fazer uma alimentação equilibrada, exercício físico adequado, manter um estilo de vida activo e tomar os fármacos prescritos.

Para uma melhor percepção desta patologia pode consultar o site da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) aqui.

Fontes:

Conselhos para uma alimentação equilibrada e económica

A actual crise económica é o tema central do nosso país. Os gastos com a alimentação são uma preocupação constante dos portugueses e por isso deixo aqui alguns conselhos que permitem fazer uma alimentação saudável e económica:

  • Elaborar uma lista de compras antes de ir ao supermercado e cumprir a lista. Assim evita gastos desnecessários.
  • Planear e estruturar as refeições sempre que possível, antes de ir ao supermercado.
  • Não ir às compras com fome. Permite-lhe resistir melhor às tentações.
  • Procurar preços mais baixos, optar por marcas brancas.
  • Consultar os rótulos das embalagens.
  • Preferir frutas e hortículas da época. Para além de proporcionarem variedade, são mais económicas.
  • Escolher carne e peixe mais económico, procurando adquirir partes sem gorduras vísiveis e peles. Desta forma ajuda a sua saúde e a sua carteira.
  • Ingerir leguminosas 2 a 3 vezes por semana. Estas são boas alternativas à carne, peixe e ovos e são mais em conta.
  • Escolher embalagens familiares e preparar pacotes individuais em casa.
  • Evitar alimentos processados, ricos em gordura e sal.
  • Evitar alimentos açucarados.
  • Preparar as refeições em casa, tanto as refeições principais como intercalares. Para além de ficar mais económico do que ir comer fora, permite controlar a quantidade de gordura e sal que adiciona.
  • Preparar apenas as quantidades necessárias de comida, para evitar desperdícios.
  • Substituir o sal por ervas aromáticas. Se tiver uma hortinha no quintal, melhor ainda.
  • Comer sopa. A sopa para além de ser de fácil preparação, é económica e é uma refeição completa.
  • Levar uma garrafa de 1,5L de água de casa. Evitar comprar no café.

Pode também consultar o e-book sobre a Semana de Ementas Saudáveis e Económicas no site da APN aqui.

Fonte: APN

Boas vindas

Bem-vindo ao blogue NutriGeração!

O meu nome é Iolanda Sousa, sou licenciada em Nutrição e início a partir de hoje um blogue essencialmente sobre alimentação e nutrição. Actualmente, encontro-me a frequentar um curso de culinária macrobiótica no Instituto Macrobiótico de Portugal e dou consultas de nutrição em diversos locais (ver na coluna da esquerda "Consultas de Nutrição").

Porquê NutriGeração?
Considero que as novas gerações começam a estar mais sensíveis para os temas da alimentação e bem-estar. A preocupação com a saúde, boa alimentação e a prática de exercício físico reflecte-se numa melhoria da nossa qualidade de vida.

Neste espaço pretendo partilhar informação tão variada como notícias, conselhos, receitas e outras coisas dentro do tema. Gostaria também que este espaço fosse de troca de ideias e sugestões para que todos pudessem aproveitar os benefícios da alimentação.

Cumprimentos saudáveis!

Iolanda Sousa