Doença Celíaca I

No seguimento do post anterior, deixo aqui a sugestão de um livro com receitas para doentes celíacos escrito pela Dra. Alexandra Gameiro. Este livro tem cerca de 100 receitas, incluindo receitas para bebés.
É um livro muito útil para quem sofre de doença celíaca ou conhece alguém com esta patologia.

Para encomendar o livro pode contactar a Associação Portuguesa de Celíacos.


Espero que gostem ;)

Doença Celíaca

A doença celíaca consiste numa intolerância alimentar crónica ao glúten. Esta proteína encontra-se no trigo, cevada, centeio e aveia.

O único tratamento existente para estes doentes é evitar todos os alimentos que contém glúten. Para aprender que tipo de alimentos pode ou não comer consulte um nutricionista/dietista.

Hoje em dia, é muito fácil encontrar produtos sem glúten em qualquer supermercado, pois existem secções especificas com produtos próprios para doentes celíacos.
Em Portugal, um país em que a alimentação se baseia no pão de trigo, não existem estudos específicos acerca desta doença. Pensa-se que existam cerca de 100 mil doentes celiacos em Portugal, mas apenas 8 mil estão diagnosticados.

Não vou descrever a doença nem os seus sintomas pois penso que a entrevista ao Dr. Pedro Lopes a descreve muito bem, mas caso haja dúvidas não hesitem em perguntar.

Fontes:

Novas Recomendações de Actividade Física (OMS)

A actividade física, a saúde e a qualidade de vida estão intimamente ligadas.

Existem vários estudos científicos que comprovam os benefícios sociais, psicológicos e físicos em pessoas com uma vida activa.
Segundo Alan Alwan, director-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde “a inactividade física é o 4º principal factor de risco para todas as mortes globais, sendo que 31 % da população mundial não pratica actividade física”.
Em 2008, perto de 460 mil mulheres morreram vítimas de cancro da mama e cerca de 610 mil homens e mulheres morreram de cancro do colo rectal.

As novas recomendações alertam que praticar pelo menos 150 minutos de actividade física aeróbia de intensidade moderada (ex: andar a pé, andar de bicicleta, subir e descer escadas, actividades domésticas, dançar, entre outras), durante a semana por pessoas com idade igual ou superior a 18 anos pode diminuir o risco de doenças não transmissíveis, incluindo cancro da mama e do cólon, diabetes e doenças cardíacas.
Em idades entre os 5 e os 17 anos é recomendado pelo menos 60 minutos de actividade física moderada a vigorosa.

Fontes:

Contra o sedentarismo

A acção, feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela Volkswagen, foi implantada no metro de Estocolmo, na Suécia.
Imagine que está a descer as escadas do metro, como faz habitualmente e começa a ouvir sons de piano, tocados ao ritmo dos seus passos.
Esta foi a proposta da agência de publicidade DDB numa parceria com a Volkswagen. As duas empresas reuniram-se para fazerem uma experiência chamada, Fun Theory, uma tentativa ambiciosa de mudar os hábitos sedentários dos moradores da capital da Suécia, Estocolmo.
Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metro num piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%.

Uma ideia excelente!
Aqui em Portugal não temos escadas com pianos, mas temos as tradicionais escadas. Vamos lá preferi-las às escadas rolantes.
E vejam o video, está muito bom.


Açúcares ou adoçantes?

Açúcar ou adoçante? É uma pergunta bastante frequente nas consultas de nutrição. Antes de responder a essa questão vou falar um pouco sobre os açúcares e os adoçantes existentes.

O açúcar apresenta-se sob diversas formas dependendo do seu processo de refinação. 
Existem vários tipos:
  • Açúcar branco ou refinado – O açúcar de mesa, também conhecido por sacarose é considerado um alimento viciante e é ausente de vitaminas ou minerais devido ao seu processo de refinação. Este açúcar obtém-se através da cana-de-açúcar e da beterraba. O açúcar pode ser responsável por gastrites, úlceras estomacais, cancro do cólon, diabetes, obesidade, descalcificação dos ossos e diminui as funções do sistema nervoso. Segundo alguns autores, uma colher de chá de açúcar diminui a concentração de cálcio e magnésio no organismo durante 3 horas seguidas. 
  • Açúcar em pó – É açúcar refinado cristalizado reduzido a pó em que é adicionado um anti-aglomerante, geralmente amido de milho. Bastante utilizado na decoração de bolos.
  • Açúcar mascavado – É um açúcar que não passa pelo processo de refinação e por isso não perde os seus nutrientes, ao contrário do açúcar de mesa. 

Em relação aos adoçantes ou edulcorantes, são substâncias que geralmente apresentam um poder adoçante bastante superior ao açúcar de mesa (sacarose) e por isso costumam ser utilizadas em quantidades inferiores ao açúcar.
Existem adoçantes sintéticos e adoçantes naturais: 
  • Artificiais ou sintéticos: 
    • Aspartame (E 951) – É composto por ácido aspartáctico e fenilalanina. Apresenta um poder adoçante 220 vezes maior que a sacarose. Deve ser evitado por toda a população.
    • Ciclamato (E 952) – É composto por um derivado de petróleo. O seu poder adoçante é cerca de 50 vezes superior ao da sacarose.
    • Sacarina (E 954) – Apresenta um poder adoçante 200 vezes superior ao da sacarose. Deve ser evitado por toda a população.
    • Acessulfame-k (E 950) – O Acessulfame-K é potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético. O seu poder adoçante ronda os 180 a 200 vezes superior ao da sacarose.
    • Sucralose (E 955) – O seu poder adoçante é cerca de 600 vezes superior ao da sacarose.
  • Naturais: 
    • Frutose- Está presente nas frutas e mel e é 173 vezes mais doce que a sacarose. Deve ser utilizada com moderação pelas pessoas diabéticas.
    • Sorbitol – Encontra-se nas algas marinhas e na fruta. As pessoas diabéticas não podem utilizar sorbitol.
    • Manitol – Encontra-se nos vegetais e algas marinhas.
    • Esteovídeo – É extraído da planta Stevia Rebaudiana, e o seu poder adoçante é 300 vezes superior ao da sacarose.
    • Amasake - É produzido a partir de diferentes cereais, geralmente o arroz integral. Apresenta uma consistência espessa e uma textura semelhante à de um pudim.
    • Malte de Arroz - É uma xarope que utiliza arroz germinado criando um adoçante equilibrado, cujo segredo está na fermentação enzimática. Apresenta um grande teor de maltose e de hidratos de carbono complexos, que são absorvidos lenta e gradualmente pela corrente sanguínea.
    • Malte de Cevada - Adoçante semelhante ao malte de arroz, mas em vez de arroz utiliza-se a cevada. É um adoçante de digestão gradual.
    • Melaço - O melaço é um açúcar simples altamente processado que entra rapidamente na corrente sanguínea. O melaço, porque provem do açúcar, pode também conter resíduos químicos associados à cultura e ao processamento do açúcar branco.
    • Mel - O mel consiste essencialmente em glucose e frutose e é 2 vezes mais doce que a sacarose, sendo absorvido rapidamente na corrente sanguínea.

Como se verifica. o açúcar é um alimento prejudicial para a saúde mas mesmo assim é melhor do que os adoçantes sintéticos. No entanto, a melhor escolha recaí sobre os adoçantes naturais, obtidos a partir das frutas, mel e cereais.


Fontes:


Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes 2010

Foi hoje apresentado em Lisboa, o Relatório do Observatório Nacional da Diabetes 2010 onde revela que quase um milhão da população portuguesa sofre de diabetes. De acordo com o relatório, 983 mil pessoas entre os 20 e os 79 anos sofrem de diabetes em Portugal, equivalente a 12,3% da população. Destas 983 mil pessoas, 44% não estão diagnosticadas.
Existe uma correlação directa entre o envelhecimento da população e a prevalência da diabetes, o relatório demonstra que cerca de um quarto da população entre os 60 e os 79 anos sofre de diabetes.

Este relatório revela também que cerca de 90% dos diabéticos são obesos ou têm excesso de peso. Verifica-se ainda que uma pessoa obesa tem um risco quatro vezes superior de desenvolver diabetes que uma pessoa com peso normal.

Nos últimos 9 anos tem-se verificado um aumento do diagnóstico de novos casos de diabetes em Portugal, sendo que em 2009 foram diagnosticados 571 novos casos de diabetes por cada 100 mil habitantes. Um valor superior aos 377 casos diagnosticados em 2000.Relativamente à incidência da diabetes tipo I nas crianças e nos jovens, verifica-se um aumento significativo nos últimos 10 anos. Em 2009 foram diagnosticados 17 novos casos de diabetes por cada 100 mil jovens com idades entre os 0 e os 14 anos, valores que duplicaram desde 2000.

Também na diabetes gestacional se verifica um aumento significativo. Verifica-se que em 2005 a taxa de prevalência de diabetes gestacional é de 3,5% enquanto que no ano de 2009 é de 3,9%.

A estimativa para o futuro é ainda mais desanimadora, segundo a Federação Internacional da Diabetes, o número de pessoas que sofrem de diabetes irá duplicar até 2030.

Pode ler o relatório completo aqui.

Obesidade

Actualmente a obesidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia global do século XXI.

Esta é uma doença crónica que resulta de balanços energéticos positivos onde a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Esse desequilíbrio deve-se a factores de origem metabólica, genética, ambiental e comportamental.

Segundo a OMS, considera-se que há excesso de peso quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou superior a 25Kg/m2 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30Kg/m2.

IMC (Kg/m2)
Classificação
< 18,5
Baixo peso 
 ≥ 18,5 e < 24,9
 Peso normal
 25 e < 29,9
 Excesso de peso
≥ 30 e < 34,9 
Obesidade grau I 
 35 e < 39,9
Obesidade grau II 
 40
 Obesidade mórbida

Em crianças devido á sua variabilidade de crescimento os valores de IMC têm de ser avaliados através da tabela de percentil para sexo e idade da criança.



Segundo um estudo publicado pela Comissão Europeia e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), intitulado “Health at a Gland – Europe 2011”, mais de 50% da população adulta e uma em cada sete crianças na União Europeia são obesas ou têm excesso de peso.

Neste estudo Portugal encontra-se em 15º lugar com um valor de 15,4%.

De seguida encontram-se alguns dos principais erros alimentares cometidos pelos portugueses:
  • Sal a mais; 
  • Consumo em excesso de bebidas alcoólicas; 
  • Consumo em excesso de gorduras; 
  • Consumo excessivo de açúcar; 
  • Pouca ingestão de hortícolas e frutas; 
  • Não comer ao pequeno-almoço; 
  • Saltar refeições; 
  • Comer em grandes quantidades; 
  • Comer pouco peixe. 

A obesidade geralmente é acompanhada por outras patologias tais como a hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca, angina de peito, dislipidemias, diabetes mellitus, gota, dispneia (dificuldade na respiração), fadiga, apneia do sono, esteatose hepática, infertilidade, hipogonadismo, hirsutismo, depressão, entre muitas outras.

O tratamento baseia-se em fazer uma alimentação equilibrada, praticar actividade física regularmente e ter um estilo de vida saudável.

Fontes: